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39ª edição das Cavalhadas de Corumbá de Goiás é realizada com sucess

A histórica cidade Corumbá de Goiás, fundada em 1730, festejou a 39ª edição das Cavalhadas de Corumbá de Goiás, entre os dias 6 e 8 de setembro, para um público de mais de 30 mil pessoas do município e da região. A festa acontece, tradicionalmente, durante a comemoração do dia da padroeira da cidade, N.S. da Penha de França, no dia 8, e faz parte do calendário de eventos culturais do Estado, integrando o Circuito das Cavalhadas de Goiás. O evento é organizado pela Associação das Cavalhadas (Asca), prefeitura e apoiadores, entre eles, a Corumbá Concessões.

As Cavalhadas foram trazidas para o Brasil no século XVI, inspiradas nas tradições de Portugal e da Espanha na Idade Média.  Segundo o historiador Ramir Curado, elas começaram a ser representadas em Corumbá de Goiás numa festa do Divino Espírito Santo, em 1752. A festa une o espírito religioso e de fé, cultura, turismo e valorização do patrimônio histórico, atraindo os moradores locais e visitantes para reviver a tradição.

No Campo de Batalha, local das corridas, 24 cavaleiros – mouros e cristãos - encenam uma história por dia, num belo espetáculo ao vivo: Desafio de Fogo/Prisão e Batismo, Sacrifício de Cabeça e Prova das Argolas. De um lado o rei, o embaixador e dez soldados mouros (vestidos de vermelho); do outro o rei, o embaixador e os dez soldados cristãos (azul), que revivem as batalhas entre os dois exércitos pelo domínio da Península Ibérica. A banda centenária 13 de Maio apresenta toda a parte musical da festa, e Ramir Curado participa como instrumentista e narrador da encenação, há 39 anos.

Presença de mulheres surpreende

Os mascarados fazem parte da festa. São personagens que se vestem com roupas e máscaras coloridas, luvas e botas e andam pelo campo nos intervalos das corridas dos cavaleiros, a cavalo ou a pé, fazendo algazarras para divertir o público. A novidade este ano é a presença de mulheres, um número que representou 50% do total de 660 mascarados inscritos.

Outra inovação foi a Associação dos Mascarados, criada com o objetivo de organizar melhor a festa dos “Curucucús”, como também são conhecidas estas pessoas, por causa do som que emitem ao transitarem entre o público. Mudam a voz ao falar e cobrem todo o corpo para que ninguém os reconheçam. Enfeitam seus cavalos com fitas, tecidos, plantas e diversos adereços criativos. A pé, pelo campo, ou do alto de seus cavalos, os mascarados pedem com vozes fanhosas dinheiro, cervejas e cigarros aos transeuntes e divertem a população com acrobacias e brincadeiras.

A associação é presidida por Wellington Batista Ferreira, 26 anos. Ele tem um tio cavaleiro e, desde os 10 anos de idade participa da festa como mascarado. Wellington destacou, ainda, a participação de um grupo de cinco homens surdos e surdos-mudos que se divertiram como mascarados. “Esta festa contagia a todos e é preparada praticamente durante todo o ano. Corremos mascarados para manter uma tradição que atrai muito os turistas, mas é uma cultura que está enraizada em nós corumbaenses, também na parte religiosa dos festejos”, disse.

De alguns anos para cá, as Cavalhadas vêm contando com maior presença feminina também na organização. No ano passado, por exemplo, Lia Cardoso foi imperadora e, este ano, ela preside a Asca, cargo sempre ocupado por homens, até então. Lia ressalta que a festa não se restringe aos três dias de corrida, mas começa 10 dias antes, com jantares e ensaios dos cavaleiros, quando a organização arrecada recursos para os festejos.

Corumbá Concessões prestigia a festa

A Corumbá Concessões, gestora da UHE Corumbá IV, valoriza as tradições sociais e culturais dos municípios do entorno do reservatório e há 12 anos apoia as Cavalhadas. Este ano, a companhia foi representada por quatro colaboradores. Na avaliação de Rejane Reis Salgado, gerente de Contabilidade, que pela primeira vez participou do evento, a festa foi “muito interessante”, com o destaque da participação do povo da cidade, desde a decoração das casas com bandeiras vermelhas e azuis, à presença nos camarotes e arquibancadas.

“As Cavalhadas me fizeram voltar no tempo de criança na minha cidade Itapecerica, interior de Minas Gerais. Lembro bem dos meus 11 anos, quando fui princesinha do Reinado de Nossa Senhora do Rosário, que era a maior festa da cidade e que tinha, como em Corumbá de Goiás, a participação dedicada dos moradores”, recordou Rejane. Alguns detalhes chamaram a sua atenção: “As mulheres corumbaenses se esmeram no vestuário para assistir às Cavalhadas. Usam botas, chapéus e shorts, e não repetem roupas, que têm que ser inéditas na festa”.

Diovanna Quintino, estagiária do Meio Ambiente da Corumbá Concessões, também assistiu, pela primeira vez, as Cavalhadas. “O que mais me impressionou foi a estrutura do evento, pois em outras cidades pequenas onde assisti a corridas, como em Jaraguá, a festa é de rua e não tem o porte desta de Corumbá de Goiás, com som, arquibancada, camarotes, parcerias, entre outros pontos”, comentou.  Conversando com algumas pessoas da cidade, Diovanna observou que a maioria dos corumbaenses se prepara e aguarda com grande expectativa pela próxima festa. “Nós ouvimos comentários interessantes, do tipo: Vocês são de fora, não é? No ano que vem vocês têm que vir de bota e chapéu”, disse.

A presidente da Asca, Lia Cardoso, destacou a importância das parcerias na manutenção da tradição das Cavalhadas: “O apoio da prefeitura e dos parceiros, como a Corumbá Concessões, é fundamental, sem ele não tem festa”.

Fonte: Corumbá Concessões

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