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Dez de fevereiro é comemorado o Dia Mundial dos Pulses

Os pulses representam um conjunto de leguminosas de grãos secos, que possuem grande importância na alimentação humana ao redor do planeta. Elas incluem diversas espécies vegetais, como o feijão-comum (Phaseolus vulgaris), o feijão-caupi (Vigna unguiculata), a ervilha (Pisum sativum), a lentilha (Lens culinaris) e o grão de bico (Cicer arietinum), dentre outras.

Considerando os feijões, o Brasil é um dos maiores produtores mundiais. Em 2019, o Brasil tem produzido anualmente 3 milhões de toneladas de feijões (comum e caupi), a partir de 2,6 milhões de hectares, com uma produtividade média de 1.113 kg/ha. 

A Embrapa possui equipes distribuídas pelo Brasil, desenvolvendo soluções para a produção e o aproveitamento sustentáveis desses grãos. As pesquisas com feijão-comum são lideradas pela Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás, GO). Já os trabalhos com feijão-caupi são coordenados pela Embrapa Meio-Norte (Teresina, PI). Por sua vez, as pesquisas com ervilha, lentilha e grão de bico são lideradas pela Embrapa Hortaliças (Brasília, DF).

Em todos os casos, equipes de diversas outras Unidades Descentralizadas da Embrapa participam dos projetos, contribuindo para o desenvolvimento de soluções tecnológicas para o fortalecimento das diferentes cadeias produtivas de pulses no Brasil.

No feijão-comum, as ações de PD&I estão concentradas em 3 eixos principais: (a) bioinsumos, (b) sustentabilidade dos sistemas de produção e (c) cultivares melhoradas. Os bioinsumos são fundamentais no manejo integrado de insetos pragas e doenças, incluindo o controle biológico destas, e a fixação biológica do nitrogênio. A sustentabilidade dos sistemas produtivos é almejada a partir de um conjunto de ações sistêmicas, dentro das quais destaca-se as aplicações de genômica (marcadores moleculares, transgenia e edição gênica) e de fisiologia vegetal para identificar características para tolerância a seca, qualidade de grãos e resistência a doenças e pragas. No desenvolvimento de cultivares, o foco principal é na qualidade de grãos e características agronômicas superiores (carioca e preto que são a maior parte da produção), além de também contemplar nichos de mercado (grãos especiais: branco, rajado, calima, cranberry, dark red kidney mulatinho etc.) que podem crescer nos próximos anos. 

Algumas soluções de destaque: 1.) Cultivares - clássicas: Pérola, BRS Estilo; mais recentes: BRS FC402 (carioca), BRS FC104 (carioca superprecoce), BRS FP403 (preto), BRS FS305 (calima), BRS FC401 RMD (carioca), BRS FC409 (carioca biofortificado); 2.) Aplicativos - Doutor Feijão, Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), 3.) Produção integrada (curso de formação de responsáveis técnicos e auditores, cobrindo todas as pulses).

Muitas outras novidades tecnológicas continuarão chegando nos próximos anos, aumentando a eficiência produtiva e a sustentabilidade; e proporcionando a produção e oferta de alimentos saudáveis e nutritivos. As parcerias com agentes da cadeia produtiva tem sido fundamentais para que as novas soluções cheguem até produtores, indústrias e consumidores, transformando esta cadeia produtiva em todo o território nacional.

O conjunto destes trabalhos contribui para que o agronegócio brasileiro consiga produzir e ofertar, cada vez mais, alimentos proteicos de origem vegetal para atender a demanda interna e acessar o mercado internacional.

Fonte: Embrapa

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