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Produção de leite se consolida no núcleo rural Jardim II

Família Amaral junto à área de confinamento do gado

 

A união de oito produtores de leite do núcleo rural Jardim II (região administrativa do Paranoá), somada à assistência técnica prestada pela Emater-DF, transformou uma produção incipiente num negócio promissor e com perspectiva de crescimento. Os produtores, que começaram quase do nada, hoje já entregam para um laticínio do Distrito Federal e tiveram uma receita bruta quase triplicada em menos de um ano — de R$ 21,1 mil para R$ 50,9 mil. Ao todo, eles entregam 28,5 mil litros de leite por mês, uma marca considerável.

Para o zootecnista Douglas Mariz, do escritório da Emater-DF no Jardim, a combinação de melhoramento genético dos animais, melhoria nas estruturas das propriedades, nutrição adequada e, sobretudo, o entusiasmo dos produtores, foi o que alavancou o projeto. “Quando os empreendedores abraçam a ideia, inclusive com apoio das famílias, o sucesso é garantido”, assegura.

Com acesso a projetos de crédito rural, cada produtor pôde comprar seu próprio tanque de resfriamento. “Ao mesmo tempo, começamos a orientar sobre alimentação adequada, que influencia na qualidade do leite, melhoramento genético dos animais, dentre outros aspectos técnicos”, explica Douglas.

Em agosto de 2019, os resultados começaram a aparecer: os produtores entregaram 20 mil litros de leite. Um ano depois, o volume subiu para 28,5 mil litros — um aumento de 37,7%. A renda bruta também teve um salto significativo: passou de R$ 21,1 mil no ano passado para R$ 50,9 mil neste ano, o que significa uma renda média de R$ 6,3 mil para cada produtor (antes era de R$ 2,6 mil).

Dos oito produtores do grupo, seis acessaram projetos de crédito. De acordo com o escritório da Emater-DF no Jardim, foram R$ 250,4 mil, sendo 90% de recursos do GDF (Prospera, da Secretaria de Trabalho, e Fundo de Desenvolvimento Rural, da Secretaria da Agricultura) e 10% do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do governo federal.

Paixão pelo gado
O casal Cristiano Fernandes do Amaral e Rosângela Leal Grignani do Amaral, que está na região desde 2007, faz parte do grupo. “Antes de vir pra cá, eu trabalhava na cidade, mas meu sonho era voltar para a roça”, relembra o produtor. No começo, conseguiu dez novilhas guzerá, mas como a produção era pouca, ele plantava mandioca, jiló, repolho, abobrinha e batata-doce. “Mas eu gosto mesmo é de gado”, afirma.

A partir de 2017, o cenário começou a mudar. “Com apoio da Emater, fiz um curso de inseminação artificial na Embrapa. Reunimos o grupo de produtores e, em 2019, conseguimos um tanque comunitário e o trabalho começou a se consolidar”, recorda. No início, Amaral tirava 20 litros de leite por dia. “Hoje, com 18 vacas, já chego a 140 litros”, comemora.

Rosângela, que a princípio não tinha certeza se queria uma vida no campo, mudou de ideia com o sucesso da empreitada. Ela cuida da parte administrativa da propriedade e garante: “Não troco essa vida por nada”. O casal, que tem dois filhos pequenos — o mais velho, com doze anos, tem a mesma paixão do pai pelo gado — tem boas perspectivas para o futuro. “Agora, eu não sonho mais; o que eu tenho é uma meta. Pretendo chegar a 300 litros de leite por dia”, afirma Amaral.

Fonte: Emater-DF

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